O rio Tejo nasce em Espanha, na Serra de Albarracin, e termina o seu percurso, de 1100 Km, em Lisboa. Na sua passagem por Vila Velha de Ródão, veneram a sua magnitude as Portas de Ródão, imponente formação rochosa do período ordovícico.
A ele deve o concelho de Vila Velha de Ródão grande parte da sua riqueza patrimonial e natural. No seu leito repousa o Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo; nas suas margens foram descobertos vestígios pré-históricos de interesse nacional.
Durante muito tempo navegável, o Tejo desempenhou um importante papel nas ligações entre Portugal e Espanha e entre Lisboa e a Beira Baixa. Em 1875 ainda existia um fluxo comercial, entre Ródão e Abrantes, que envolvia 278 embarcações.
Igualmente importante foi a estrada pastoril, que atravessava o rio Tejo e que contribuiu para o desenvolvimento tanto da Beira como do Alentejo. Até à construção da ponte metálica sobre o rio, em 1888, os animais em transumância atravessavam o rio em barcas construídas para o efeito, levando no Verão os animais para os frescos pastos da Serra da Estrela e no Inverno no sentido inverso, em direcção à planície alentejana.
Fazem parte da bacia hidrográfica do rio Tejo, nesta região, os rios Ocresa e Ponsul: o primeiro separa Ródão de Proença-a-Nova e o segundo marca a fronteira com o concelho de Castelo Branco.
A paisagem das margens destes rios é constituída por relevos rochosos, com terraços de olival, cobertos com flora da região. Nestes rios navegam ainda botes, barcos típicos de madeira utilizados pelos pescadores para a faina piscatória e para deslocações e passeios.
Actualmente o rio forma uma albufeira limitada pelas barragens de Cedillo (Espanha) e Fratel tornando-se, por isso, um apetecível local para a prática de desportos náuticos. A Câmara Municipal construiu recentemente um moderno cais, a fim de proporcionar aos apreciadores desta modalidade as condições necessárias para a sua prática.