PR7 - Rota das Fontes
Descubra a arquitetura popular relacionada com a construção de fontes e poços, ancestralmente utilizados para o aproveitamento e gestão de um dos recursos mais importantes para a vida — a água. O armazenamento de água era essencial para o progresso e para a sobrevivência das comunidades mais afastadas dos cursos de água principais, com caudal anual (rios Tejo e Ocreza). À Fonte Velha e o Poço do Lagar, surgem como as primeiras estruturas de armazenamento de água. A sua água, por poder receber alguns elementos contaminantes, devido à proximidade das habitações e do alojamento dos animais, era sobretudo utilizada para a limpeza das casas, roupas e para os animais, mas também na refrigeração das bebidas quando se colocavam as garrafas submersas na água.
Para beber e para a confeção de alimentos, a água era recolhida na Fonte Nova e na Fonte de Pato, mais afastadas da aldeia e cujas águas eram mais apreciadas.
Durante o percurso existem diversas estruturas antigas construídas em lajes de xisto destinadasa delimitar campos agrícolas, reter cereais (eiras) e para habitação. Para tapar os buracos entre as lajes de xisto, era usado o solo misturado com água e no caso das eiras, eram revistadas com bosta de vaca para facilitar a recolha do grão. Enquanto debulhavam, as populações entoavam diversas cantigas e versos como por exemplo: “Debulha debulha, pão pra tulha, palha pro palheiro, merda pro rendeiro”.
Aproveite o silêncio, as paisagens e a envolvente natural, desfrute destepercurso com história ligada à água e partilhe a sua experiência. Este percurso pode ser realizado por famílias com crianças pequenas e deve ser realizado de outubro a junho.
Coordenadas iniciais: 39º 44' 08.82'' N, 7º 35' 04.68'' W
Distância: 7 km
Dificuldade: 2 (em 5)
Pontos de Interesse: 6